Eu sabia! Encontrei a confirmação no Michigan Daily:
Some of the show's few highlights included presenter Brendan Fraser, after instructing the audience to salute him, grabbing the ass of Dagmar Dunlevy, president of the Hollywood Foreign Press Association.
domingo, janeiro 26
Que fim terá levado a Emma Thompson? Após ganhar o Oscar pelo roteiro adaptado de Razão e Sensibilidade, ela praticamente sumiu do mapa. E com ela foi-se também grande parte da produção de filmes de época, até porque seu nome já virara quase uma grife do gênero. Verdade que ocasionalmente aparece alguma novidade, mas nada que chegue a impressionar muito - talvez porque todos os livros e peças disponíveis já tenham sido adaptados para a telona. Já a metade inicial da década de 90 foi pródiga, além do anteriormente citado Razão, tivemos Retorno a Howard's End, Vestígios do Dia (Mr Stevens rules!), Muito Barulho Por Nada, A Época da Inocência, Ethan Frome e mais outros que eu não consigo lembrar no momento. Impossível resistir a um filme com personagens sufocados por rígidas convenções sociais.
Essa do presidente do Banco Central foi incrível. Mal o sujeito chega em Davos, a fim de descolar uns caraminguás com os donos do cofre (também conhecidos como FMI), escorrega na neve e fratura o tornozelo em três lugares. Só pode ter sido praga da Heloísa Helena. Esses radicais do PT batem um tambor forte, o Lula e sua bursite que se acautelem.
quarta-feira, janeiro 22

sigh...
Se, porventura, alguém decidir compilar os piores momentos do Globo de Ouro, ocorrido no último domingo, não pode faltar a imagem da Lara Flynn Boyle vestida de bailarina... creepy. Impressão minha ou a presidente da Associação da Imprensa Estrangeira foi mesmo bolinada pelo Brendan Fraser enquanto proferia seu discurso de praxe? Ela, subitamente, interrompeu a fala e dirigiu-lhe um olhar meio assustado - e ele andou movendo o antebraço de forma bastante suspeita. Mas, micos à parte, o melhor de tudo foi conferir a aparição em grande estilo da Jennifer Connelly. Ela entregou, ao lado do Samuel L. Jackson, um prêmio que eu nem me lembrei de identificar (estava muito ocupado babando na gravata). Absolutamente deslumbrante, a dona dos mais belos olhos do cinema não economizou nas caras e bocas diante da câmera. Devia estar disposta a apagar a má impressão deixada pelo look anoréxico exibido nas premiações do ano passado.
sábado, janeiro 18
Já fazia mais de um mês que eu não botava os pés no sebo de CD's. Ontem, algo me dizia que não haveria arrependimento se eu desse uma passada por lá - o que não significa nada, já tive esse tipo de intuição antes e quebrei a cara. Mas, aqui também, a esperança venceu o medo. Reuni a pouca energia restante (ando numa pasmaceira de doer) e parti rumo ao desconhecido. Entrei na loja e cumpri o ritual de sempre, indo direto na letra B das bandas de rock (assim economizo tempo, não gosto de nenhuma que comece com A). Nem bem comecei a escarafunchar a segunda fileira, tive a atenção capturada por uma capa estranhíssima. Nela, um mineiro de carvão olha, algo espantado, para um fulano que parece saído de uma banda de glam rock. Nenhum tipo de informação, apenas a foto em preto e branco. Normalmente eu daria de ombros e seguiria em frente. Porém, quis o destino que eu pegasse o CD para conferir o nome em sua lateral. Mal pude acreditar nas palavras que terminei por ler: Black Box Recorder - England Made Me. Não bastasse isso, quase fui às lágrimas ao descobrir que custava apenas 14 pratas! Mordam-se de inveja! Ah, trata-se de uma cópia promocional da versão inglesa, por isso não reconheci a capa. De quebra, também levei o álbum verde do Weezer.
Após essa verdadeira epopéia, ainda encontrei disposição para encarar outro sebo (entupido de gente, por sinal). Saí de lá carregando o Open, último trabalho dos Cowboy Junkies. Só não comecei a soltar fogos porque esse é um daqueles discos que exigem várias audições até a ficha cair. A primeira metade é conduzida pela guitarra do Michael Timmins em jams arrastadas e repletas de distorção; a voz da Margo está quase inaudível, mixada lá no fundo. A coisa só melhora nas últimas cinco músicas, quando é retomado o som característico dos canadenses. Vai levar algum tempo até eu poder dar uma opinião menos reticente.
Filosofia barata do dia: A vida é como uma loja de CD's usados... você nunca sabe o que vai encontrar.
Após essa verdadeira epopéia, ainda encontrei disposição para encarar outro sebo (entupido de gente, por sinal). Saí de lá carregando o Open, último trabalho dos Cowboy Junkies. Só não comecei a soltar fogos porque esse é um daqueles discos que exigem várias audições até a ficha cair. A primeira metade é conduzida pela guitarra do Michael Timmins em jams arrastadas e repletas de distorção; a voz da Margo está quase inaudível, mixada lá no fundo. A coisa só melhora nas últimas cinco músicas, quando é retomado o som característico dos canadenses. Vai levar algum tempo até eu poder dar uma opinião menos reticente.
Filosofia barata do dia: A vida é como uma loja de CD's usados... você nunca sabe o que vai encontrar.
segunda-feira, janeiro 13
Dizem que nessa vida a gente tem que experimentar de tudo... Olha, eu bem que tentei seguir o conselho, mas não consegui passar dos 20 minutos iniciais de "O sétimo selo", do Bergman. É muuuuito chato, quase dormi. Portanto, recolho-me à minha ignorância e deixo a cargo do Woody Allen e dos freqüentadores de cineclube (será que ainda existe cineclube?), a tarefa de maravilhar-se com os filmes do cineasta sueco (mas até que "Fanny e Alexander" é bom).
sexta-feira, janeiro 10
Pois é, o Presidente Lula está com tudo e não está prosa, anda freqüentando até artigo de comentarista da NBA. Enquanto procurava por notícias sobre o Denver Nuggets, time do brasileiro Nenê, encontrei essa notinha interessante:
Brazil's new President daSilva just rejected a proposed expenditure of $750 million dollars for military weaponry claiming that "We have people in our land that are hungry and that this waste is unconscionable with the current state of poverty and need." Like Huey Long, this guy has no chance at survival. Do you think George Bush is aware that poverty and hunger are severe problems in America and not limited to North Korea?
Informação pertinente: Huey Long foi Governador da Louisiana de 1928 a 1932 e foi eleito para o Senado em 1930. Célebre pelo estilo populista, sua plataforma eleitoral era baseada no projeto "Share Our Wealth", que tinha como objetivo beneficiar as camadas mais pobres da população com a redistribuição de renda. Foi assassinado a tiros, logo após lançar-se candidato à Presidência dos EUA. Serviu como inspiração para o protagonista do filme A Grande Ilusão.
Brazil's new President daSilva just rejected a proposed expenditure of $750 million dollars for military weaponry claiming that "We have people in our land that are hungry and that this waste is unconscionable with the current state of poverty and need." Like Huey Long, this guy has no chance at survival. Do you think George Bush is aware that poverty and hunger are severe problems in America and not limited to North Korea?
Informação pertinente: Huey Long foi Governador da Louisiana de 1928 a 1932 e foi eleito para o Senado em 1930. Célebre pelo estilo populista, sua plataforma eleitoral era baseada no projeto "Share Our Wealth", que tinha como objetivo beneficiar as camadas mais pobres da população com a redistribuição de renda. Foi assassinado a tiros, logo após lançar-se candidato à Presidência dos EUA. Serviu como inspiração para o protagonista do filme A Grande Ilusão.
quarta-feira, janeiro 8
Dêem uma conferida num ótimo filme que estreou este mês no Telecine, chama-se Mundo Cão. Se é que já não o fizeram anteriormente, claro. Pelo menos eu, criatura ignorante, nunca tinha ouvido falar nele. Baseada numa HQ (!), é uma comédia acridoce sobre duas adolescentes, recém-saídas do colegial, cuja amizade é abalada ao trilharem caminhos diferentes rumo à vida adulta. É óbvio que o Steve Buscemi não estaria fora de um filme repleto de personagens bizarros. Ele rouba a cena no papel de um colecionador de discos antigos. Mas retratar tanta esquisitice não deve ter sido tarefa muito difícil para o diretor Terry Zwigoff. Afinal, ele já tinha feito um documentário sobre o Robert Crumb, rei do quadrinho underground americano.
Só um último detalhe: é muito estranho ver a Thora Birch - aquela menininha com cara de boneca, filha do Harrison Ford nos filmes do agente Jack Ryan - interpretando uma adolescente em crise. Como o tempo passa rápido.
Só um último detalhe: é muito estranho ver a Thora Birch - aquela menininha com cara de boneca, filha do Harrison Ford nos filmes do agente Jack Ryan - interpretando uma adolescente em crise. Como o tempo passa rápido.
domingo, janeiro 5
Black Box Recorder - Seasons in the sun
Goodbye to you, my trusted friend
We've known each other since we were nine or ten
Together we've climbed hills and trees
Learned of love and ABC's
Skinned our hearts and skinned our knees
Goodbye my friend, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky
Now that the spring is in the air
Pretty boys are everywhere
Think of me and I'll be there
Goodbye papa, please pray for me
I was the black sheep of the family
You tried to teach me right from wrong
Too much wine and too much song
Wonder how I got along
Goodbye papa, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky
Now that the spring is in the air
Little children everywhere
When you see them I'll be there
Goodbye Michelle, my precious one
You gave me love and helped me find the sun
And every time that I was down
You would always come around
And get my feet back on the ground
Goodbye Michelle, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky
Now that the spring is in the air
With the flowers everywhere
I wish that we could both be there
We had joy, we had fun, we had seasons in the sun
But the hills that we climbed were just seasons out of time
We had joy, we had fun, we had seasons in the sun
But the stars we could reach were just starfish on the beach
Goodbye to you, my trusted friend
We've known each other since we were nine or ten
Together we've climbed hills and trees
Learned of love and ABC's
Skinned our hearts and skinned our knees
Goodbye my friend, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky
Now that the spring is in the air
Pretty boys are everywhere
Think of me and I'll be there
Goodbye papa, please pray for me
I was the black sheep of the family
You tried to teach me right from wrong
Too much wine and too much song
Wonder how I got along
Goodbye papa, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky
Now that the spring is in the air
Little children everywhere
When you see them I'll be there
Goodbye Michelle, my precious one
You gave me love and helped me find the sun
And every time that I was down
You would always come around
And get my feet back on the ground
Goodbye Michelle, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky
Now that the spring is in the air
With the flowers everywhere
I wish that we could both be there
We had joy, we had fun, we had seasons in the sun
But the hills that we climbed were just seasons out of time
We had joy, we had fun, we had seasons in the sun
But the stars we could reach were just starfish on the beach
Outro dia eu revi no Lado B, após um longo tempo, o clip de "Child psychology" do Black Box Recorder. Na vez anterior não cheguei a reparar que o célebre e infame refrão - Life is unfair, kill yourself or get over it - tinha sido censurado pela MTV americana. Fizeram uma montagem sonora que transformou "kill yourself" em algo parecido com "choice life". Ou seja, arruinaram esse verdadeiro hino dos suicidas em potencial.
Ainda sobre o clip, eu cismei que algumas de suas cenas lembram soluções visuais utilizadas em O mensageiro do diabo, único filme dirigido pelo ator inglês Charles Laughton (o advogado de defesa em Testemunha de acusação, suspense crááássico do Billy Wilder). É meio que uma mania, às vezes eu fico buscando referências visuais em tudo que assisto. Vamos aos fatos, mas antes um pequeno lembrete: clip e filme foram filmados em preto e branco. Sempre que o refrão toca, o rosto da Sarah Nixey (vocalista da banda) e da sua versão juvenil aparecem recortados sobre um céu repleto de estrelas brilhantes. Lembra muito a cena de abertura do filme, onde a Lillian Gish, cercada por rostos infantis, aparece lendo uma passagem da Bíblia. E a imagem da menina dentro de uma banheira no meio do pântano me faz pensar na sequência em que o casal de irmãos, ao fugir do Reverendo Harry Powell (Robert Mitchum), viaja de barco por um pequeno rio. Sendo, em ambos os casos, observados por criaturas silvestres (coelhos, aranhas, sapos) posicionadas em primeiro plano.
Pois é... é sobre esse tipo de assunto que eu fico matutando durante o meu tempo livre. Alguém precisa me internar.
Ainda sobre o clip, eu cismei que algumas de suas cenas lembram soluções visuais utilizadas em O mensageiro do diabo, único filme dirigido pelo ator inglês Charles Laughton (o advogado de defesa em Testemunha de acusação, suspense crááássico do Billy Wilder). É meio que uma mania, às vezes eu fico buscando referências visuais em tudo que assisto. Vamos aos fatos, mas antes um pequeno lembrete: clip e filme foram filmados em preto e branco. Sempre que o refrão toca, o rosto da Sarah Nixey (vocalista da banda) e da sua versão juvenil aparecem recortados sobre um céu repleto de estrelas brilhantes. Lembra muito a cena de abertura do filme, onde a Lillian Gish, cercada por rostos infantis, aparece lendo uma passagem da Bíblia. E a imagem da menina dentro de uma banheira no meio do pântano me faz pensar na sequência em que o casal de irmãos, ao fugir do Reverendo Harry Powell (Robert Mitchum), viaja de barco por um pequeno rio. Sendo, em ambos os casos, observados por criaturas silvestres (coelhos, aranhas, sapos) posicionadas em primeiro plano.
Pois é... é sobre esse tipo de assunto que eu fico matutando durante o meu tempo livre. Alguém precisa me internar.
Imagino que, ao soltar o primeiro post de 2003, eu teria a obrigação de escrever algo de cunho memorável. O problema é que, além de tal feito estar muito acima da minha capacidade, nunca consegui compreender o motivo de tanto alvoroço criado em torno da virada de ano. Eu devo ser muito cínico mesmo, mas para mim isso significa apenas uma coisa: tá na hora de trocar a folhinha da parede.
Assinar:
Postagens (Atom)